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Análisis

Legalizar os cassinos é preciso e regular sem medo é inevitável, defende Hazenclever Lopes Cançado, presidente da Loterj

Quarta-feira 30 de Julho 2025 / 12:00

2 minutos de lectura

(Rio de Janeiro, Exclusivo SoloAzar).- Hazenclever Lopes Cançado, presidente da Lotería do Estado do Río de Janeiro (Loterj), participou de uma entrevista exclusiva para a SoloAzar, na qual respondeu a questões contundentes e críticas sobre os obstáculos enfrentados pela aprovação do projeto de lei dos cassinos no Senado. O dirigente enfatizou a necessidade de coragem e responsabilidade por parte das autoridades para avançar com uma regulamentação clara e eficaz que beneficie o setor e a sociedade brasileira.

Legalizar os cassinos é preciso e regular sem medo é inevitável, defende Hazenclever Lopes Cançado, presidente da Loterj

O que você acha que ainda é necessário para que o projeto de lei dos cassinos avance no Senado? Quais são, em sua opinião, os principais temores do governo em relação à sua aprovação?

Falta coragem. Falta visão estratégica. E, acima de tudo, falta romper de vez com o moralismo ultrapassado que ainda paralisa o debate no Brasil.

Estamos falando de uma indústria multibilionária que pode transformar o turismo, gerar centenas de milhares de empregos, atrair investimento estrangeiro e injetar recursos nos cofres públicos. Enquanto o Brasil hesita, países vizinhos como Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile colhem os frutos de um setor regulado, fiscalizado e próspero.

O que o governo teme? Teme não controlar aquilo que hoje já existe de forma clandestina. Teme críticas de setores conservadores, mesmo sabendo que o brasileiro já joga — só que hoje em ambientes sem qualquer proteção ao consumidor e sem retorno algum à sociedade. Porque enquanto essa pauta é colocada de lado, deixamos de combater e desarticular engenhosas estruturas que alimentam e viabilizam a clandestinidade.

É preciso superar de uma vez por todas os fantasmas do passado. Não é mais admissível tratar o jogo como tabu num país que já convive diariamente com apostas esportivas, bingos, rifas, jogos online e cassinos em navios internacionais.

O momento exige responsabilidade, sim — mas também ousadia. O Brasil precisa parar de perder tempo e receita. Legalizar os cassinos com regras claras, fiscalização eficiente e políticas de jogo responsável é um passo urgente e necessário.

É hora de virar a chave. O Brasil não pode mais adiar essa decisão.
 

Você expressou sua posição publicamente no LinkedIn com a retirada de pauta no Senado do PL dos Cassinos. O que o motivou a expressar sua insatisfação e o que espera gerar com essa mensagem?

Sim, me manifestei publicamente e faria de novo — porque já passou da hora de o Brasil parar de fugir desse debate.
A retirada de pauta do PL dos Cassinos foi frustrante. Estamos empurrando com a barriga uma pauta estratégica para o país, enquanto continuamos perdendo empregos, arrecadação e investimentos para o exterior. O brasileiro já joga — o que falta é o Estado assumir essa realidade com responsabilidade.

É inconcebível que um projeto que teve sua origem ainda em 1991 — ou seja, tramita há mais de 30 anos no Congresso — continue sendo adiado. Desde que foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 2022, ele aguarda uma definição no Senado. Estamos parados há três anos, mesmo após a aprovação na CCJ, empacando uma agenda que poderia gerar empregos formais, atrair grandes investimentos e aumentar significativamente a arrecadação pública.

Me motivei a falar porque o silêncio institucional é o que mais atrasa o Brasil. Não dá mais para tratar jogo como tabu, enquanto o dinheiro corre solto na informalidade.

Minha mensagem teve um objetivo claro: pressionar, provocar, tirar da zona de conforto. Quem está na vida pública tem que se posicionar. E meu compromisso é com o desenvolvimento, com a legalidade e com um modelo moderno de regulação.

Não vou me calar diante da omissão. O Brasil precisa legalizar os cassinos com responsabilidade — e precisa fazer isso agora.
 

Você acha que os órgãos reguladores estaduais, como a Loterj, estão sendo ouvidos nesse processo legislativo e que o conhecimento e a experiência dos órgãos existentes estão sendo valorizados?

A Loterj não está sendo ouvida como deveria, e isso é inadmissível. É o órgão estadual que mais avançou na regulação e fiscalização de apostas no Brasil, com experiência prática, resultados concretos e um modelo já em operação. Desconsiderar esse conhecimento técnico é um erro grave que enfraquece o pacto federativo e compromete a construção de uma regulamentação nacional eficaz. Se essa postura persistir, os prejuízos para o setor serão inevitáveis e cada vez mais difíceis de reverter.

A Loterj não começou ontem. Temos história, resultados concretos e fomos os primeiros a licenciar apostas legalmente no Brasil, após o STF reafirmar a competência dos Estados. Somos referência nacional nesse setor. Temos participando das discussões legislativas e regulatórias sobre o setor e atuado de forma constante para ampliar esse espaço. Nosso objetivo é garantir que a perspectiva da Loterj seja considerada de maneira equilibrada e respeitosa, em um debate que impacta diretamente o pacto federativo e a sustentabilidade do mercado.

Ainda assim, percebemos que, em alguns momentos, a representatividade estadual não tem o mesmo peso que outros atores. Por isso, seguimos reforçando nossa presença nos espaços onde as diretrizes do setor são realmente construídas e defendendo uma participação mais efetiva nas decisões estratégicas.

Nesse contexto, preocupa que o próprio ministro da Fazenda adote um discurso que, em vez de trazer estabilidade, contribua para um ambiente de incertezas: declarações públicas que desinformam, reduzem a confiança e comprometem a credibilidade de um setor que movimenta bilhões e que necessita, mais do que nunca, de segurança jurídica e previsibilidade. Como dizia Margareth Thatcher, ex-primeira-ministra do Reino Unido e conhecida como a "Dama de Ferro", o desenvolvimento nasce da confiança no indivíduo e em seu trabalho duro, não do excesso de controle estatal — uma lição fundamental que deveria orientar a condução das políticas e discursos econômicos para fortalecer a confiança e o crescimento sustentável.

Por sua vez, o senador Irajá, relator do PL dos Cassinos, tem sido uma exceção positiva. Ele entende a importância de ouvir os Estados e respeitar quem já atua na regulação do setor. Seu compromisso com o pacto federativo e com o diálogo é um exemplo a ser seguido.

Mas isso não pode depender da boa vontade de um ou outro parlamentar. A valorização dos entes federativos precisa ser regra. A experiência dos Estados não é detalhe, é pilar. A Loterj vai continuar se posicionando com firmeza. Exigimos voz ativa, respeito institucional e igualdade de participação nesse processo.
Se querem um modelo sério, moderno e sustentável, ouçam quem tem estrada, legitimidade e resultados. Chega de exclusão. Chega de improviso. O Brasil precisa avançar — e isso começa com respeito ao pacto federativo.
 

Qual é o impacto no Rio de Janeiro e na Loterj de uma regulamentação clara dos jogos de azar, jogo do bicho e cassinos físicos?

A regulamentação clara e definitiva dos jogos de azar — incluindo cassinos físicos e jogo do bicho — é uma urgência estratégica para o Rio de Janeiro e para a Loterj. Não se trata apenas de negócios ou empregos — é um instrumento poderoso de desenvolvimento econômico e, sobretudo, social.
A Loterj investe grande parte do que arrecada em programas sociais. Entre 2015 e 2022, foram mais de R$ 67 milhões aplicados diretamente em projetos de impacto social.

Em 2025, serão investidos R$ 16.759.925,00 — mais de 12 vezes o valor aplicado em 2021 (R$ 1.338.258,00), o que representa um aumento impressionante de 1.152%. Esse percentual é resultado do crescimento exponencial dos recursos destinados, impulsionado pelas ações estratégicas e pela gestão eficaz da atual diretoria da Loterj. Esse avanço reflete a pujança do setor, o aumento da arrecadação e, sobretudo, a ampliação concreta do alcance social da destinação dos recursos.

E falamos de ações concretas, são espaços de educação infantil que atendem até 750 crianças em comunidades carentes e reconhecidamente perigosas, Vila do João, Cidade de Deus e Jardim Batan. Além da assistência direta às crianças, ao menos metade dos funcionários devem ser moradores da região beneficiada, gerando ainda emprego e renda para diversas famílias. Também somos patrocinadores do Campeonato Carioca Série A2, apoiando não só os clubes profissionais, mas também as categorias Sub-15, Sub-17, Sub-20 e o futebol feminino. Um investimento que gera oportunidades, fortalece a base do esporte e promove inclusão, disciplina e cidadania por meio do futebol. E, há 18 anos, o Lar da Mulher tem sido um refúgio seguro para vítimas de violência doméstica no Rio de Janeiro. Com 3.446 mulheres e crianças acolhidas, essa iniciativa do Governo do Estado — apoiada com recursos da Loterj — não apenas salva vidas, mas reafirma nosso compromisso com a dignidade, os direitos humanos e a proteção das mulheres.

Estamos também na reta final da regulamentação do Video Lottery Terminal (VLT), um projeto inovador com potencial para gerar mais de 60 mil empregos diretos e indiretos no Estado, impulsionando a economia fluminense e transformando vidas com renda, dignidade e desenvolvimento regional.

Esse é o modelo que as loterias estaduais vêm construindo: eficiente, transparente e socialmente comprometido. Enquanto isso, a União já arrecadou R$ 3,03 bilhões com as bets entre janeiro e maio de 2025 — mas até agora não disse onde ou como investirá esse dinheiro. A omissão contrasta com o que os Estados vêm fazendo, com menos estrutura mais enxuta e compromisso social.

Ter uma regulamentação clara é garantir segurança jurídica, respeito ao pacto federativo e retorno efetivo dos recursos à sociedade. O Rio de Janeiro — e o Brasil — não podem mais perder tempo com improvisos, centralizações e discursos vazios.

A Loterj reafirma seu compromisso em liderar esse processo com coragem, ética e foco no impacto social. Se o dinheiro circula, que circule com propósito. Que o jogo, quando regulado com responsabilidade, seja sinônimo de proteção, dignidade, oportunidade e cidadania.
 

Que mensagem você gostaria de enviar aos legisladores que ainda duvidam dos benefícios desse projeto de lei?

Aos legisladores que ainda duvidam dos benefícios deste projeto de lei, eu digo com toda a firmeza: acabem com a hipocrisia, deixem de lado o medo e olhem para a realidade!

O Brasil está perdendo tempo, perdendo empregos, perdendo bilhões em arrecadação — enquanto alguns seguem presos a tabus e preconceitos que não têm mais espaço em uma sociedade moderna. O jogo já acontece, todos sabem disso. A pergunta é: vamos regular, fiscalizar e devolver os benefícios para a população? Ou continuar alimentando a informalidade, a evasão de divisas e o abandono das oportunidades?

As loterias estaduais já mostraram como esse setor pode funcionar com seriedade e propósito social. A Loterj investe em programas sociais, com repasses diretos para creches, instituições que acolhem mulheres vítimas de violência, projetos culturais, iniciativas de saúde e ações voltadas à inclusão e à cidadania em comunidades vulneráveis. Estamos falando de recursos que chegam onde mais se precisa — de forma eficiente, transparente e com impacto real.

Além disso, as loterias estaduais, com regulamentações próprias e fiscalização local, geram empregos, dinamizam economias regionais e distribuem oportunidades. Com a regulamentação dos cassinos e demais jogos, o potencial de geração de renda, postos de trabalho e arrecadação socialmente orientada é gigantesco. Estamos falando da chance de criar um modelo que movimente a economia sem sacrificar a sociedade com aumento de tributos, sem improviso, com retorno garantido para a população.

Quem duvida do projeto está se colocando contra o progresso, contra o desenvolvimento econômico e contra as milhares de famílias brasileiras que se beneficiarão de projetos sociais e ainda contarão com essa nova fonte de emprego e renda.
Este projeto de lei é a chance de tirar o Brasil da inércia e colocá-lo no caminho da responsabilidade social, da justiça fiscal e da modernização institucional. Não aceitá-lo é fechar os olhos para o futuro e ignorar o grito da sociedade por um país mais eficiente, moderno e justo.

O momento é agora. Ouçam o povo, olhem para os números, enxerguem o que os Estados já estão fazendo com responsabilidade — e tenham coragem de fazer a coisa certa.

Quem ficar parado vai ficar para trás. E a história não vai perdoar essa omissão.

Categoría:Análisis

Tags: Sin tags

País: Brasil

Región: Sudamérica

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